Eclipse - Alotor.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤO polvo coçou um pouco a cabeça e olhou para a raposa e então seus olhos brilharam. - Bom nós não temos muita utilidade para quase nada. Se você nos soltar nos espaço morreremos juntos, se você nos jogar nos lixo sobreviveremos juntos. A nave é só para continuarmos viajando, então não há uma trajetória real, tampouco um lugar real. - Sorriu e ele e então levantou o dedo de forma graciosa e inocente. - Não temos tripulação e nem objetivos, apenas queremos ficar juntos. Bom se você não vende as coisas por valor e sim por necessidade, a minha única necessidade é esse cara aqui. - Apontou com o polegar para o outro e então o abraçou com seus tentáculos.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤSoltou ele um pouco para que pudesse respirar e olhando para cima começou a pensar. - Hm... - Olhou para a mulher com um tom de alegria em sua voz. Sem deixar escapar uma única mentira que fosse. - Se você quiser, pode vir conosco também. Afinal, afinal! Alguém que já tem tudo, não tem nada... não é? - Disse ele rindo. Seu convite era real e ele precisava de alguém com certa influência, mas não que isso fosse uma necessidade para eles. Não naquele momento.

Lotor corou com o discurso emotivo de Alira, disfarçando o sorriso envergonhado ao ouvir aquilo enquanto assentia com a cabeça em concordância.
Se surpreendeu quando o polvo convidou a mulher para ir junto, mas vindo de Alira, não era tão chocante assim.
Ficou em silêncio, observando o progresso do noivo.

A entidade ajeita suas costas na confortável poltrona e cruza as pernas, aparentemente confortável na presença dos dois. A conversa do Hunn a diverte, e carrega uma determinação que ela não vê faz muito tempo, ainda que ache o rapaz totalmente fútil.

- Quanto sentimentalismo. Talvez seja por isso que perderam o controle da nave. - Ela descontrai, ainda que da mesma maneira séria que anteriormente. - Certo, rapaz, você é engraçado e eu vou reparar sua nave. Mas vou querer algo em troca sim... vocês irão trabalhar para mim até que seu veículo esteja pronto.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤLevou a mão ao queixo e então simplesmente sorriu. - Okay! Vamos nos dar bem! - Disse ele esperando que alguma coisa a mais fosse acontecer.

Assentiu.

Já se passou algumas semanas desde que a dupla aceitou trabalhar para a Máscara. Seus serviços costumam ser leves como limpeza, carregar algumas caixas ou apartar brigar eventuais na boate ou nos corredores de Ghouane. Lhes é garantido alimento e uma moradia improvisada e, embora os dois estejam passando o tempo juntos, é óbvio que os mínimos esforços estão sendo feitos para que a nave seja recuperada. 

Nesse contexto, Ghavet chega ao planeta citado no dossiê, numa nave pilotada pelo pequeno Garesiano que conhecera dias atrás. Sua outra parceira já está na própria viagem para Neteros afim de recrutar a assassina, e além de tudo a nave precisa de combustível. 

- E-Estoumeaproximandodoportomasafaltadecombustívelalteraafuncionalidadeda-- SHHHHHH... Ah. Dos propulsores traseiros, fazendo com que talvez tenhamos um problema ao pousar. - Ele diz, num comunicador que interage com toda a nave. - O que sua memória diz para fazermos? Você conheceu meu avô, não conheceu?

— Tenta estacionar perto de algumas naves, vamos fazer chupeta e pegar o combustível deles. Qualquer coisa a gente anda pra cidade. Sou um robô, não canso; haha! — dizia, se preparando para desembarcar — Qualquer coisa tu sobe na minha garupa pra não cansar. Temos que recrutar o pessoal pra missão.


Assim que a nave estacionava como pedia, abria a escotilha e verificava ao redor.

— Bora lá Drodag, agora você vai viver as mesmas aventuras que seu avô teve comigo! — sua voz quase-sintética exalava emoção. Estava feliz de estar saindo daquela "caverna", não aguentava mais criar blueprints para a Aliança.

Os conselhos no mínimo inúteis do robô não ajudaram o Garesiano a equilibrar a nave, então ele teve que recorrer a sua própria habilidade. Ghavet o havia dito que ajudou seu avô no modelo da nave mais incrível que a Aliança já teve, mas até então ainda não havia visto sua habilidade em ação. Talvez isso aconteça em meio a missão... ele espera.

A nave corre o risco de se chocar com outra, mas ainda assim o pequeno piloto é habilidoso o suficiente para deixá-la no ponto certo. Ele não faz a menor ideia do que "fazer uma chupeta" significava, e a julgar pelas estranhas gírias humanas ele prefere nem perguntar.

- S-Sim senhor??? - Ele exclama ainda tonto. Toda aquela viagem vinha sendo uma confusão, mas sempre que ele tenta decifrar algo sobre Ghavet apenas acaba mais confuso. 

Está num ponto onde simplesmente aceita um robô como comandante, o que obviamente não aconteceria em circunstâncias normais. Se não fosse pela inocência do pequeno, jamais teria engolido a conversa estranha do colecionador. Em sua cabeça porém, ele algum dia vai conversar normalmente com alguém que supostamente conheceu o seu avô. 

- Quem devemos procurar aqui? Eu achei que iríamos direto para o destino. - Ainda que sem entender nada, a viagem também é uma aventura para o pequeno. Vivera a vida naquela garagem e jamais esperava ver aquela parte do universo.

Apesar de tudo, aquele certamente não é lugar para um jovem como Drodag. Logo na pista de pouso já são visíveis alguns homens suspeitos com trocando mercadorias e fêmeas de diversas raças andando com poucas roupas. Visto de fora, Ghouane parece um cassino gigante. De dentro, mais ainda.

Nisso, um único oficial da segurança se aproxima da dupla. Ele é um humano, mas seu tamanho ainda assim chega próximo do da armadura de Ghavet. Seu tom parece neutro e sua mão alcança algo na parte detrás de sua roupa, na região da cintura.

— Que porra é essa?! — Ele exclama diante da dupla, mantendo a seriedade. Dois personagens tão inusitados juntos não poderiam receber outra saudação.

Ele mandou uma de suas cabeças viajar até a parte de baixo do seu corpo para sussurrar para o Drodag.

— Fique atrás de mim, humanos são cuzões. Apenas finja que sou seu guarda-costa — e então a cabeça voltou ao seu lugar, desligando o visor novamente.

— Pleno século 22 e ainda tem humanos que não se acostumaram com ciborgues guarda-costas e Garesianos, ai ai... — resmungava ele, aumentando a força de sua voz, para torná-la o menos sintética possível. Era possível ouvir caso o homem tivesse uma boa audição.

— Queremos entrar para contratar alguns mercenários e comprar combustível, quer revistar minha mochilinha? — falava enquanto se virava de costas, virando o globo para que seu visor ainda encarasse o homem para caso ele tentasse algo.

O enorme homem tenta segurar o riso, mas não consegue. A feição desesperada do pobre Garesiano se escondendo atrás daquele robô gordo provoca uma alta gargalhada naquele que até então se fazia de sério. Enquanto ri, retira o objeto das costas que se revela ser uma simples lata de bebida, provavelmente alcoólica a julgar pelo hálito do homem.

— Mas se isso ai é normal eu tô na época errada mesmo. Vocês devem estar perdidos aqui, o tampinha e seu onahole gigante. Pffft... AHAHAHAHA — Afim de tentar conter a risada, resolve ocupar sua boca com um grande gole na bebida. — Mas se vocês querem brincar, podem entrar. Acho que não preciso revistar vocês, não é? 

Ele assinala para outros dois mercenários que estavam próximos a porta e eles instantaneamente se afastam, dando espaço para que a dupla avance. Drodag, visivelmente assustado, apenas mantém-se agarrado atrás do robô, sem ousar sequer olhar para aquela montanha de músculos.

— A propósito, eu sou o Radesh. Se alguém quiser te encher de porrada me avisa, achei vocês engraçados.

Iria ter xingado o cara se ele não tivesse falado que protegeria. Ghavet é louco mas está longe de ser burro, então manteve seus xingamentos mentalmente.

"É, mete a pica aqui pra ver se eu não soldo teu pau. E ainda mudo teu sistema urinário para tu mijar pelas orelha, filha da puta"

— Valeu, Radesh. Vou lá provocar uma briga então só pra tu ter que bater em alguém com desculpa, é nois! — disse e então pegou o gray com sua mão-luva. A mão esticava como pelo fato do seu braço interior estar empurrando a luva. Ele então botava em cima da mochila e dizia:

— Sobe aí, assim fica mais fácil de tu me seguir e me ouvir, vai ficar barulhento lá dentro — dizia isso enquanto já se mantinha no caminho — Além disso, com Radesh ajudando a gente, não precisa ter medo, viu o tamanho daquela bola de carne? As veias do maluco pareciam que tinha um rosto, E BRABO AINDA POR CIMA! Háha! — forçava a risada semi-sintética — Relaxa, agora tu vai entender porque seu avô era um gênio. Te falta experiências de vida, vou te fazer vivê-la! Quem sabe não acha algo pra estender sua vida? Garesianos morrem muito rápido... — dizia, se lembrando de seu avô, entristecendo-se logo em seguida.

Mesmo que normalmente as memórias de Ghavet eram como conversas de bar, ele as lembrava 100%. Sua memória era sintética e o cérebro não sobrecarregava pois havia uma espécie de HD no seu corpo e o cérebro agia como a memória RAM. Em suma, as experiências que tinha com o avô de Drodag eram como conversas que nunca iria esquecer, mas que pareciam inúteis de se lembrar em sua totalidade. Era uma tecnologia estranha, difícil de se explicar e ainda mais difícil de se replicar; talvez Ghavet só estava vivo por pura sorte de programação.

Ao analisar isso em alguns milésimos (como todos seus pensamentos funcionavam), ele havia se entristecido. Mas, logo em seguida – digo isso pois os seus pensamentos que funcionavam em enorme velocidade acabavam por proporcionar experiências como essa – ele arrumou sua corcunda por lembrar que agora teria mais experiências para ter, desta vez com o neto daquele ser.

Enquanto eles adentram o local, podem ver um enorme ser sendo levado para um andar inferior, completamente acorrentado e tratado como um prisioneiro. São necessários dez homens para puxar o Haytok paralisado escada abaixo, e este ainda grita e rosna tentando se libertar. Para somar ao caos, discussões e gritos acontecem em jogos de baralho nos bares mais podres do local, enquanto altas músicas saem das boates e cassinos chiques.

– Ahn... foi assim que meu avô virou um gênio? – Sussurrou o jovem Garesiano, pendurado no ciborgue. – Eu não sei bem se quero ser um gênio. Mas aonde vamos procurar os mercenários que precisamos?

Paralelamente a isso, o Okro que anteriormente escoltara Alira e Lotor agora os passa ordens. Do lado de fora da porta, sem se incomodar em fazer contato visual, ele faz questão de dizer tudo o que lhe foi passado da maneira mais breve possível.

– Ei, estamos tendo um problema para conter um prisioneiro, e é um dos grandes. Precisamos de toda a ajuda que conseguirmos.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤO Ki-hunn simplesmente concordou e começou a andar em direção ao prisioneiro esticando a mão para trás para que o outro a pegue. Seu coração estava meio agitado desde que acordou naquele dia, não sabia o que era mas esperava que sua nave estivesse pronta hoje. Queria sair logo dali.

— É, mais ou menos. Nós vivemos num universo infinito até onde sabemos. Pode ser que um dia ele se torne finito, mas ainda assim ele é grande pra cacete! Por causa disso, sempre tem alguém mais esperto que tu — dizia ele enquanto girava seu globo e, consequentemente, o pequeno — E uma teoria minha é que você não vira um gênio por querer. Você acidentalmente acaba sendo reconhecido como um por saber muito de alguma coisa. As vezes é biológico, as vezes é como eu fiz com seu avô, experiência. Se você experiência bastante coisa, tu age naturalmente com um monte de coisa, entende? — ele falava bastante. Estava contente de ter alguém pra conversar que mantinha o interesse, afinal, havia despertado o garoto para si – tanto que havia até virado seu próprio piloto.

— Mas enfim, a minha ideia de achar eles é ou esperar aparecer alguém que bata com as características dada pra mim, que seria dois seres de grande afinidade. Ou criar uma confusão usando aquele cara ali — virava seu globo para o Haytok prisioneiro. O garesiano não teria problema em identificar de quem Ghavet estava falando, pois o prisioneiro exalava perigo.

— Assim dá pra analisar todos e ver quem age com maior coordenação. Se não for eles eu culpo meus chefes por não saberem dar informações, haha! — como de praxe, havia falado bastante sem nem se dar conta. Saía naturalmente de seus circuitos aquela voz semi-sintética que nem lhe era incomum.

— Entendo, faz sentido. Pra você deve ser natural por exemplo. Você é um robô e foi criado assim, um gênio! Com suas conversas estranhas sobre chupeta e truco... mas ainda assim um gênio! — O pequeno se sente confortável na presença do robô ainda que o estranhasse. Sempre teve muita educação para as coisas importantes da vida, mas ninguém o ensinara as coisas estranhas que Ghavet o estava ensinando.

Enquanto observam o monstro, um levantar súbito de braço foi o necessário para que ele quase se livrasse das correntes. Nesse instante os mercenários que tentam contê-lo precisam chamar por ainda mais reforços, aumentando ainda mais o caos da situação.

— V-Você está falando do monstro? Tá maluco! AquiloéumHaytokumaferaumabestaimparávelatémesmopelotirodomaispotent-- SHHHH... Ah. — Ele engole em seco.— Claro, faz sentido, provavelmente os veríamos aqui se fizéssemos isso. O problema é que se isso ai ficar livre, a gente pode morrer junto! Podemos também pedir informação em um desses bares, cassinos ou... nem quero saber o que é aquilo. Mas se você garantir que a gente não morre praquela coisa, por mim tanto faz. Aqui estão apenas mercenários e gente má!

Lotor parecia não se importar em fazer aquele tipo de trabalho. Na verdade, era bastante indiferente a tudo. Já trabalhou como mercenário e, apesar de Alira não saber, também já matou outras pessoas utilizando o controle de energia ensinado pelo seu pai.
Mas Alira não precisava saber do passado de Lotor. Na verdade, era melhor que não soubesse dado o quão bunda mole aquele polvo era.
Acenou com a cabeça, seguindo os passos apressados de Alira com calmaria, sem prolongar a distância entre ambos.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤOlhou o preso emaranhado em correntes e acabou suspirando, abaixando a cabeça e então voltou a atenção para ele. - O que está acontecendo aqui? - Começou a se aproximar do "monstro enjaulado". Seus tentáculos rapidamente o fecharam e ele se aproximou, girando o corpo dentro do próprio eixo. Quase onze metros de pura carne com ventosas e alguns espinhos que nasciam delas - seus pelos por assim dizer - de forma que encobria e o afastava de seus captores. - Oi! - Sorriu para ele. - Porque você está sendo aprisionado... bom eu sei que sua raça gosta de lutar, mas porque você está sendo atacado. Eu posso simplesmente abrir meus tentáculos e deixar você exposto à aqueles caras maus se você me atacar então vamos conversar um pouco antes, tudo bem? - Disse ele esticando a destra, no primeiro sinal de violência dele iria abrir e segurar seus membros puxando todos para trás.

— Parece que não teremos que fazer nada; haha! Fique tranquilo, fugir é o que eu mais sei fazer! — falava ao ver o Haytok se libertar das correntes fracas. Era óbvio que aquilo iria acontecer, os seguranças dos cassinos não estão acostumados com a raça mais forte da galáxia conhecida. Para deter aquela bola de músculo, era preciso tecnologia avançada ou choques de altos volts.

Por causa disso, apenas deu dois passos para atrás e pro lado, se mantendo fora da direção da saída, mas perto dela caso fosse preciso.

Seu visor, no mesmo momento, brilhou em azul e os seres mais foto-sensíveis notavam um laser de reconhecimento percorrendo por todo o lugar.

— Vamos ver quem age com melhor sincronia usando do melhor recurso de um robô: a matemática! — dizia ele, sinteticamente animado para o pequeno Garesiano.

O gigantesco Haytok faz toda a força possível para se livrar, e os choques contra ele parecem cada vez mais intenso. Aquela voltagem já teria derrubado um elefante, mas o espírito de guerra daquele monstro não o permite cair imobilizado daquela maneira. Sua tortura física e psicológica só para quando sente os tentáculos pegajosos o envolver.

Com os olhos fechados, ele apenas sente as fibras do seu corpo se rompendo enquanto respira de maneira ofegante, movimentando o peitoral musculoso mesmo por baixo dos tentáculos de Alira. O discurso do rapaz infelizmente é inútil: ele já chegou ao âmago da ira de um Haytok. Sua sede de batalha toma conta, e isso fica obvio para todos quando ele abre os olhos e suas pupilas estão totalmente vermelhas. 

Com as veias extremamente saltadas e os músculos inchados, o monstro urra para aquele que o prende, ao mesmo tempo que força os dois braços para fora da prisão biológica em que se encontrava e abre caminho até o primeiro que vê em sua frente. No caso, o próprio Alira.

Seus pés batem no chão como se fossem destruí-lo, e a lataria que compõe aquele satélite se afunda a cada pisão. Sem nenhuma arte marcial ou coordenação, ele simplesmente avança furioso na direção do Hunn.



Em uma investida impressionantemente rápida, o Haytok busca atingir seu alvo com força bruta o suficiente para arrastá-lo consigo.

O Haytok ataca com uma ombrada extremamente forte no Hunn, empurrando-o enquanto continua com sua investida frenética. Caso não seja parado, pode atingir a parede da estação que está no caminho que os dois juntos percorrem. A julgar pelo dano que seus pisões causam no chão, aquilo não vai ser nada bom para ninguém ali.

Ao mesmo tempo, muitas pessoas em volta se assustam e começam a correr para qualquer direção, mas rumando alguma saída. A porta ao lado de Ghavet e Drodag é o principal alvo dos civis, e em breve estará lotada de pessoas desesperadas tentando correr. Eles tem que escolher entre ficar ou sair, uma vez que em breve não terão mais essa opção.

- Ahcéuseutedissequeissonãoseriabomagoraaestaçãotodapodeestarcomprom-- SHHHHH... Ah. O QUE FAZEMOS?! - O pequeno indaga desesperado com todo o alvoroço ao seu redor.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤJuntou um líquido negro e mal cheiroso na boca e então expeliu num rápido cuspe em direção aos olhos do Ogro enquanto olhava para o lado, de forma extremamente ágil procurando seu amor. Mesmo que fosse arrastado pelo outro - e assim era até melhor pois conseguiria acertar o cuspe na cara dele - acabou o encarando e dando um sorriso. Juntando o indicador e o médio fez um acenou para ele. "Bom pelo menos o meu príncipe estará bem... Agora é saber como sair dessa prensa!". Esticou um de seus tentáculos e o grudou num dos escombros mais distantes da parede, ou seja, aqueles mais próximo do robô e do pequeno. "Hã!?" Olhou para eles, mas já era tarde acabou puxando seu massivo corpo ao contrair os tentáculos.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤHei! Vocês vão embora também! Aqui vai ficar perigoso... - Deixou escapar um leve "tsc" de seus lábios. - .... parece que eu terei que salvar esse robo gordo e esse grey anão, atraindo eles para longe. - Olhou para a raposa e de longe gritou. - Lotor. Ele provavelmente está " cego " agora. Manobra 1 ou 2? - Indagou de longe. Manobra 1 era combate corpo a corpo com um dos dois dando suporte de longe, enquanto a manobra dois era ambos atacando por diferentes direções o inimigo. . . todas de longo alcance.

Encarou o Haytok atacar Alira em questão de segundos, suspirando em cansaço.
- Certo, certo. Vamos pela 2 para acabar logo com isso. Vá para sua posição enquanto eu atraso ele.
Rodeou a criatura de energia, utilizando da manobra "Tartuu-Puxar" para trazê-la para mais próximo e desferir energia condensada no estômago do Haytok.
Enquanto isso, aguardava que Alira tomasse sua posição para que seguissem com a manobra.

O enorme Haytok pôde sentir o golpe que o atingia em cheio, vindo de trás de si. Ele nem sequer havia notado a presença do Iomarshiano até então, e ainda que sua visão tenha se tornado embaçada por conta da tinta expelida pelo Huun, isto não o impede de virar seu corpo e avançar na direção da raposa, furioso. A cada passo, afunda mais e mais aquele chão já muito deformado, causando tremores que poderiam ser sentidos por qualquer um que estivesse próximo dali.

— ROOOOOOOOAAAAAAAARRRG! — Ruge o ogro durante a investida, enquanto fecha os punhos com agressividade. — Vocês... fracos... eu... ensinar... batalha!

Orientado apenas pelos vultos que seus olhos ainda permitem-lhe enxergar, ainda que de uma maneira enganosa, o monstro prepara seus punhos para atacar Lotor. Visto que o mesmo havia lhe atacado há pouco, sua irritação cresce e busca atingir o garoto com um soco na barriga, utilizando de sua força máxima para, caso acerte, lançar o felino contra a parede atrás de si.

Enquanto isso, Drodag ao notar a aproximação dos tentáculos do polvo, sente-se impressionado pela anatomia jamais vista pessoalmente. Sua expressão de medo se transforma em admiração, fazendo com que seu queixo caísse um pouco. Após alguns instantes apenas observando, o Garesiano lentamente aproxima sua pequena mão do tentáculo, tocando-o com certa apreensão e inocência. Ele parece tomado por aquele sentimento de maneira até um pouco infantil.

— Oooooh, veja só essa espécime fantástica Ghavet! Podemos ter um polvo intergalático também? — Seus enormes olhos brilham intensamente, como se naquele momento tivesse a maior descoberta de sua vida.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤMirou rapidamente nos tendões da perna direita do grande orc e atirou. Perfurando e impedindo que ele usasse o mesmo membro - pelo menos até ser curado - de tal maneira que o Haytak não conseguisse mais se aproximar do seu amado e que pudesse atacar-lo.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ-Hey hey! - Disse o polvo para a raposa. -Se afasta! Agora eu me aproximo! Pelo visto essa perna direita já era. . . só espero ter acertado direito onde eu quis - Sorriu ele dando mostrando os dentes.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤAo sentir um toque no tentáculo, se arrepiou completamente ficando avermelhado e cerrando fortemente os dentes. -O-o q-que v-você e-está f-fazendo?!- Disse ele extremamente envergonhado e tímido, puxando o membro - depois da paralisação por surpresa que o grey fez em si - pulou para o lado escapando dele. -E-Eu j-já t-tenho alguém que gosto!!! Não posso ficar com você pequeno. - Dizia ele brilhando em vermelho, rosa e vede.